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22/04/2019

Rossandro Klinjey: não deixe que a rotina faça você perder o seu propósito

O psicanalista alertará sobre o risco do "piloto automático", no XV Congresso do Ensino Privado Gaúcho

por Assessoria de Imprensa
Rossandro Klinjey: não deixe que a rotina faça você perder o seu propósito
Grande parte das profissões, não só no segmento da educação, tem uma queixa: a desconexão com a própria interioridade. Isso está relacionado à criação de uma vida de rotina, em que as pessoas ficam no piloto automático. Sem perceber, elas perdem o propósito. A palestra do doutor em psicanálise Rossandro Klinjey - Numa era de incertezas, o mais importante é ser feliz - no dia 26 de julho, no XV Congresso do Ensino Privado Gaúcho, poderá ajudar os professores a evitar ou mesmo reverter este cenário. O evento ocorrerá na Pucrs, em Porto Alegre, e está com inscrições abertas. *[ CLIQUE AQUI]( http://www.sinepe-rs.org.br/congresso)* e garanta a sua vaga. Ele coloca que toda tarefa tem uma repetição. Um cantor, um ator ou qualquer outro profissional tem uma rotina, e isso não é uma condenação. No entanto, não se pode, em nome da rotina, perder o senso de propósito. "Não podemos acordar como uma máquina, mas para transformar vidas. Mesmo se eu acordar cansado, não devo olhar o aluno como mais um aluno, mas com o estímulo de um olhar afetuoso. O que faz um ser humano diferente, contribuir com a sociedade de modo geral e para ele mesmo, é não deixar-se dominar pela rotina e ir mais além." Quantas vezes alunos tristes, com problemas, tiveram a vida transformada por causa de um olhar, do interesse do professor em saber como ele estava? "São essas coisas que dão aquele sentimento de que realmente vale a pena", argumenta o especialista. As questões diárias, as lutas por melhores condições na educação não devem ser deixadas de lado, elas só não podem transformar o professor num robô, fala KIinjey. "Qualquer um que faça isso em qualquer profissão se desumaniza." Segundo ele, é possível disciplinar-se para retomar este caminho de autoconhecimento. O primeiro passo é reservar um espaço do dia para um encontro pessoal. "Pode ser até no banho. Colocar uma música que você gosta, ficar calmo, fazer um agradecimento. A gratidão diária é uma das coisas que mais nos conecta." Klinjey acredita que as pessoas entraram num clima de reclamação compulsiva: está quente demais, frio demais, tem muito trânsito. É uma tendência. É a vida. Mas é preciso mudar o hábito: em vez de fazer reclamações constantes, agradecer. "Agradecer quando se está atendendo um aluno, um caso difícil, por você poder dar a seu filho mais do que aquele menino tem; agradecer coisas que a gente toma como normais - tem gente que não tem água encanada ou que para fazer comida tem que macerar o milho. A gente não agradece por ter onde morar, onde dormir e temos que começar a contabilizar. Isso nos conecta com um sentimento mais humano. Em vez de reclamar do que nos falta, agradecer o que a gente tem." O benefício de estar bem se reflete na sala de aula e no relacionamento com os alunos. "Se a gente não fosse um ser humano, que na relação de ensino aprendizagem fizesse trocas afetivas, o Youtube teria acabado com todos os nossos empregos. Nós não somos meros repassadores de conteúdo. Somos também repassadores de emoção. Estão, é óbvio que os alunos sentem." Para Klinjey, tudo o que se faz estando bem, será bem feito, é uma regra da vida. E é possível levar leveza para o que se está fazendo. "É claro que temos momentos ruins, mas a gente não pode estar mal o tempo todo." A primeira dica é usar um filtro: "Eu faço palestras. Viajo muito. Tem dias que estou cansado, mal, peguei vôo de madrugada, estou exausto, exaurido. Às vezes chego ao aeroporto, e as pessoas querem tirar foto e eu sorrio. Não posso ser antipático. Às vezes estou doente. Mas as pessoas não têm culpa disso e eu não sou vítima. São escolhas." Ainda que não se ponha na conta todos os contratempos e problemas cotidianos, tem dias que não é possível, então entra em cartaz a segunda dica: ser sincero. "Você tem que ser sincero quando está muito mal: "Olha gente, estou mal humorado, mas não é com vocês, fiquem tranquilos. Estou com problema em casa, não é nada, vamos tocar". Eles (os alunos) sentem segurança porque a gente está sendo sincero." Na mesma medida, quando a gente está alegre, se mostra alegre. Ou usa a graça numa situação adversa. "Uma vez cheguei à universidade de sapato bege, cinto bege, caça bege e camisa bege. Quando entrei na sala, ouvi: "Ih, chegou a maionese Hellmanns". Eu comecei a rir, e disse: "Realmente, é ridículo". Ou quando levei uma queda da cadeira. Todo mundo ficou sério, então disse que eles poderiam rir, que não ia tirar nota de ninguém, e todo mundo riu. Depois de dois minutos, continuamos a aula. Se eu continuasse sério, ia ter um clima a aula toda. Rir de si mesmo é uma coisa que ajuda muito." O professor afirma que a felicidade não é uma promessa de constância. E que temos a felicidade, inclusive, de entender que há dias felizes e outros não. "Mudamos o nome de desgraça para aprendizado. Quantas coisas, desgraças do passado, foram fundamentais pra gente se tornar o que a gente se tornou? Tem muita coisa que a gente vai ressignificando. Quando a gente se propõe a ficar mais leve, não quer dizer que não haverá dias difíceis. Mas mesmo esses dias podemos encarar com mais leveza."

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