Lamentamos que uma mudança tão importante, que envolve o futuro do nosso país, não tenha sido dialogada com o setor privado. Ninguém questiona a necessidade de mudança, mas o governo deveria ter convocado os representantes da educação privada para pensar em conjunto as reformas, analisar o que é possível implementar a curto prazo e o que precisa de mais planejamento. É muito prematuro para falar sobre a proposta apresentada, mas desde já se questiona sobre a implementação de uma carga horária maior e seus reflexos, bem como a questão de transferências entre escolas, ou mesmo de alunos que dentro da mesma escola queiram mudar a ênfase escolhida. Além disso há a questão legal. Para implementar as mudanças, as escolas vão precisar revisar seus documentos institucionais, como o Projeto Pedagógico, Planos de Estudos e Regimento. É preciso aguardar o pronunciamento do Conselho Estadual de Educação, principalmente quanto aos prazos que a nova Lei vai dar para que as instituições possam se adequar. Bruno Eizerik - presidente do Sindicato do Ensino Privado do RS