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07/11/2016

Projeto, coordenado por pesquisadora da UCS, desenvolverá um método mais rápido, eficiente

por Conceição Afonso
Projeto, coordenado por pesquisadora da UCS, desenvolverá um método mais rápido, eficiente

 

Pesquisadores de cinco instituições participam do projeto que receberá cerca de 1 milhão de reais de agências de fomento do governo federal.

Com a aprovação na Chamada MCTI-CNPq/MEC-CAPES/Ministério da Saúde, do projeto de pesquisa que propõe o desenvolvimento de um imunossensor magnético-elástico para diagnóstico de Zika vírus (ZKV) a Universidade de Caxias do Sul passa a fazer parte do mutirão internacional convocado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a realização de ações voltadas para a prevenção e combate do ZKV.

O projeto é coordenado pela doutora em Biologia Molecular, Mariana Roesch Ely, que também coordena com o Dr. João Antônio Pegas Henriques, o Laboratório de Genômica, Proteômica e Reparo de DNA do Instituto de Biotecnologia. O Laboratório de Caracterização Magnética do Centro de Ciências Exatas e da Tecnologia, coordenado pelo Dr. Frank Patrick Missell, será responsável pelo desenvolvimento dos sensores magneto-elásticos.

Mais quatro laboratórios da Universidade participam do projeto: o Laboratório de Pesquisa em HIV/AIDS, do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde; o Laboratório de Produtos Naturais e Sintéticos e o Laboratório de Diagnóstico Molecular, do Instituto de Biotecnologia; e o Laboratório de Processos Metalúrgicos, do Centro de Ciências Exatas e da Tecnologia.

Além do grupo da UCS, também participam do projeto, pesquisadores do Instituto de Física da USP; do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas; da Universidade Feevale; do Centro de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CDCT) e o Laboratório Central (LACEN) da Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (FEPPS) ligada à Secretaria da Saúde do Estado do Rio Grande do Sul e da Auburn University, compondo uma equipe multidisciplinar com competências específicas em Ciências da Saúde, Biotecnologia, Ciências Biológicas, Física, Química e Engenharia, que trabalhará em conjunto para alcançar os objetivos propostos.

Com duração prevista de quatro anos, o projeto receberá cerca de 1 milhão de reais para o seu desenvolvimento e envolverá também estudantes de mestrado e doutorado dos programas de pós-graduação em Biotecnologia, em Engenharia e Ciência dos Materiais e em Engenharia de Processos e Tecnologias.



Níveis epidemiológicos exigem diagnósticos mais rápidos e seguros

 

Transmitido pelo mosquito Aedes aegypti (o mesmo transmissor da dengue, chikungunya e febre amarela) ou por via sexual, o Zika vírus causa doença infecciosa em humanos, com risco aumentado para síndromes congênitas e distúrbios neurológicos em adultos e fetos. Em nível de epidemia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) registra que, desde 2015, o vírus já se espalhou por 70 países. No Brasil, os últimos números divulgados pela OMS dão conta de 190 mil pessoas infectadas, com cerca de 2 mil casos confirmados de microcefalia em decorrência da infecção por ZKV

O diagnóstico de rotina é realizado através de análises laboratoriais de sangue ou outros fluidos corporais (urina, saliva ou sêmen). Nas análises de sangue, são utilizados testes como o MAC-ELISA e RT-PCR e de anticorpos neutralizantes, que são demorados e exigem mão de obra especializada.

Nesse contexto, entre os vários desafios que se colocam para a comunidade científica mundial para prevenir e combater o ZKV um deles é o desenvolvimento de métodos de diagnóstico mais rápido e mais acessível às populações, de modo a antecipar as decisões que envolvem o tratamento da doença.

E é este desafio que os pesquisadores da UCS e das demais instituições parceiras pretendem superar, com o desenvolvimento de um imunossensor magneto-elástico que, utilizando nanopartículas de ouro, tenha sua massa final sobre a superfície aumentada o que, consequentemente, deverá aumentar o sinal de ressonância, resultando em análises mais rápidas e precisas, se comparadas às metodologias de detecção atuais. Facilidade de operação, uma boa relação custo-benefício e a aplicabilidade no Sistema Único de Saúde são atributos desejados para este novo método. É intenção dos pesquisadores que os resultados do projeto possam embasar novas políticas públicas de saúde e que contribuam para a capacitação de recursos humanos na área.

A coordenadora do projeto explica que, na Universidade, os trabalhos com biossensores magneto-elásticos foram iniciados em 2012, com a cooperação entre o Laboratório de Genômica, Proteômica e Reparo de DNA e o Laboratório de Caracterização Magnética, da qual resultou, entre outros projetos, um estudo com sensores com a finalidade de capturar bactérias através de um método de detecção com ligação antígeno-anticorpo. Desses estudos, resultaram três dissertações de mestrado sobre biossensores e cinco pedidos de registro de patente no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), todos envolvendo sensores magneto-elásticos.

- "Com base nos excelentes resultados do primeiro quadriênio, pensou-se em desenvolver um sensor voltado para a detecção de Zika vírus, partindo do mesmo preceito experimental, utilizando uma reação com antígeno-anticorpo para captura de antígenos e anticorpos virais".



Interação interna e externa

As pesquisas devem começar no primeiro semestre de 2017. No momento, a coordenadora do Projeto prepara-se para ir a Brasília, ainda em novembro, para as reuniões de detalhamento do projeto e definição do fluxo de recursos e ações necessárias ao atendimento aos objetivos propostos.

- "A aprovação de um projeto desta importância comprova a excelência da UCS na liderança de projetos multidisciplinares e a extrema relevância dos temas de pesquisa propostos aos estudantes de pós-graduação da nossa Instituição. A integração dos programas de pós-graduação que envolvem o Instituto de Biotecnologia, o Centro de Ciências Exatas e da Tecnologia, o Laboratório de Pesquisa em HIV/AIDS, coordenado pela Dra. Rosa Dea Sperhacke, e os grupos de pesquisa associados à nossa Universidade e à Secretaria de Saúde do Estado do RS, deve gerar resultados de relevância nacional e internacional".

A partir da liberação dos recursos por parte das agências de fomento, iniciam-se os trabalhos e, se tudo correr conforme o planejado, daqui a quatro anos, estará disponível, com a marca da Universidade de Caxias do Sul, um produto final com um método de diagnóstico alternativo para ZKV, que viabilizará análises mais rápidas e precisas, em atendimento às recentes demandas mundiais para o diagnóstico do ZKV.


Foto: Claudia Velho

Legenda: Pesquisadores do Instituto de Biotecnologia da UCS

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