Sindicatos têm novas rodadas de negociação nesta semana
Reuniões da Educação Básica foram marcadas por reapresentação das pautas dos trabalhadores, com foco na estabilidade previdenciária; nas negociações da Educação Superior o foco foi a pauta econômica
Na manhã desta quarta-feira (10/06), ocorreu a retomada das negociações entre o SINEPE/RS e o Sindicato dos Professores e dos Técnicos em Administração Escolar da Educação Básica. Na pauta dos encontros, os trabalhadores reapresentaram algumas de suas reivindicações, especialmente ao que se refere à estabilidade de professores e técnicos, após a Reforma da Previdência. A comissão da Educação Superior também teve nova rodada de negociações na terça-feira (09/06). Os encontros foram marcados por pautas econômicas, como reposição do INPC.
**Educação Básica**
Na reunião com os docentes, o sindicato dos trabalhadores destacou algumas das principais proposições da categoria, que envolvem questões de calendário, regras de despedimento e a gravação de aulas. Contudo, o foco das negociações, desta quarta-feira, envolveu a estabilidade do aposentando, visto que a reforma previdenciária foi extremamente prejudicial à classe, segundo o sindicato laboral. O sindicato patronal ressaltou que sobre a estabilidade dos docentes, será necessário adaptar as proposições do Sinpro para contemplar a todos, visto que a questão envolve diferentes realidades.
No encontro com os técnicos, a pauta também teve como eixo central a garantia da aposentadoria dos funcionários. Na proposição apresentada pelo Sintae, está o acréscimo de mais 90 dias para comunicação e apresentação dos documentos, além de uma cláusula que estende a estabilidade do trabalhador até a aprovação de sua aposentadoria. Como a questão não teve consenso entre os sindicatos, os dirigentes se comprometeram em buscar um meio-termo para os pontos apresentados. Outro tema negociado com o sindicato patronal, se refere ao reembolso a ser pago aos filhos de funcionários da Educação Infantil. O SINEPE/RS afirmou que o tema precisa ser bem avaliado, visto o atual momento de crise nessa etapa de ensino. O sindicato patronal também apresentou aos técnicos proposta para flexibilizar o horário de intervalo dos funcionários. O objetivo não é adotar a norma de forma linear, mas oferecer às instituições a possibilidade, já que a demanda existe. A proposta será discutida nos próximos encontros.
**Educação Superior**
Ainda em fase de discussão das propostas, a negociação com os docentes tratou das proposições apresentadas pelo SINEPE/RS, como a recepção da Medida Provisória 936, agora PL 15 na CCT da categoria, o adiamento do pagamento do 13º salário, com possibilidade de pagamento até novembro e a manutenção do valor pago a professores e técnicos, mantendo-se os valores de hora-aula e pisos de 2019, no ano de 2020. Sobre esse último item, a sugestão do Sinpro é de que o INPC possa ser integralizado a partir de julho. Contudo, para o sindicato patronal, a discussão ainda é muito delicada. Outros pontos apresentados pelo Sindicato dos Professores foi a flexibilização da aposentadoria, estágios e o reconhecimento dos tutores que, segundo o sindicato dos trabalhadores, são profissionais que estão cada vez mais presentes nas universidades. Esse último tema ainda entrará em discussão para aprofundamento.
Assim como na reunião com os docentes, no encontro com os técnicos da Educação Superior, também esteve em pauta a flexibilização do pagamento do 13º salário até novembro e o reajuste salarial. Assim como os docentes, o Sintae também pede que o reajuste pelo INPC seja pago a partir de julho. O sindicato patronal reforçou novamente que a questão salarial precisa levar em conta o atual cenário de crise das instituições.
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