“Cobertura vegetal do solo: a importância e os benefícios para o cultivo de hortaliças” foi tema do trabalho da estudante do curso Técnico em Agropecuária do Colégio Teutônia, Daién Trennepohl (20), finalista da Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), realizada de 25 a 27 de outubro na Fenac, em Novo Hamburgo.

O evento reuniu mais de 700 trabalhos, de praticamente todos os Estados do Brasil e de países como Argentina, México, Taiwan e Paraguai, entre outros. A pesquisa da teutoniense recebeu elogios da comissão avaliadora, especialmente pela grande contribuição ao conhecimento agrícola e relevância econômica.

Antes disso, o trabalho ficou em 1º lugar (nível técnico) no Fórum de Iniciação Técnico-Científica da Rede Sinodal, realizado em setembro no formato online e com a participação de 22 pesquisas de estudantes de educandários da Rede Sinodal de Educação.

“Eu nunca havia participado desse tipo de feiras, muito menos dessa magnitude, então com certeza foi uma experiência gratificante. Saber que meu trabalho de conclusão de curso foi escolhido para participar e ter chegado tão longe, me deixou muito orgulhosa”, destaca a jovem, que valoriza o auxílio do CT, em especial da coordenadora do curso, Cristiana Terra, e do professor orientador, Cristiano Steffens. Atualmente ela cursa o primeiro semestre de Agronomia na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

O projeto

A ideia começou a tomar forma na disciplina de Cobertura Vegetal do Solo do curso Técnico em Agropecuária. “Se há tantos benefícios em cobrir o solo, como esse manejo ainda é tão pouco usado? Então surgiu a ideia de cultivar hortaliças no terreno da minha casa e avaliar diferentes tipos de coberturas. Colocar em prática e comprovar a eficácia desse manejo, provando que é possível melhorar os ganhos da agricultura, adicionando uma simples palhada sobre o solo”, explica a estudante.

O trabalho teve como propósito geral avaliar agronomicamente o desenvolvimento de alface lisa e crespa, rúcula e beterraba, sob diferentes coberturas de solo. Com a comparação feita entre um canteiro com solo nu e outros com maravalha, feno e grama cortada, a pesquisadora avaliou aspectos como crescimento e produtividade da planta, umidade do solo, plantas espontâneas e qualidade do solo. “Cada canteiro apresentou suas singularidades, mas de maneira geral, o canteiro sem cobertura de solo provou ser o menos eficiente em todas as cultivares. O manejo conservacionista, com palhada, gerou melhores resultados em diversos aspectos. Além de aumentar a produtividade das hortaliças, também melhorou a qualidade do solo, aumentando o teor de matéria orgânica e de seres vivos ali presentes, bem como a permanência da umidade no solo por mais tempo”, concluiu a estudante.

Reconhecimento

A coordenadora do curso Técnico em Agropecuária do CT, Cristiana Terra, destaca que a jovem tem potencial para continuar pesquisando e aprofundando os conhecimentos nessa área, com seriedade e competência. “Os avaliadores oficiais da feira relataram que o trabalho tem grande importância social, é prático e relevante ao contexto local, com grande contribuição ao conhecimento agrícola”, afirma, valorizando ainda a orientação do professor e biólogo Cristiano Steffens, “de suma importância para o crédito científico do trabalho”.