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31/05/2015

O prazer e a nobreza de educar

José J. Camargo abordará o assunto em conferência no 13º Congresso do Ensino Privado Gaúcho

por Assessoria de Comunicação
O prazer e a nobreza de educar
A emoção do professor em relação ao aprendizado do aluno é um dos exemplos dados pelo doutor em Pneumologia pela UFRGS e professor de cirurgia torácica da UFCSPA, José J. Camargo, para traduzir o prazer e a nobreza da missão de educar. O especialista será conferencista no 13º Congresso do Ensino Privado Gaúcho, no dia 23 de julho, às 10h30min, com a palestra "Na educação, antes de tudo, o prazer de acolher". "Minha ideia é discutir a importância da pessoa que se predispõe a ensinar e que de alguma maneira tenho sido contaminada pelo prazer de ensinar. É pouco provável que exista alguma atividade mais nobre do que a tarefa de ensinar, e perceber a pessoa beneficiada desse ensinamento crescer aos seus olhos, não tem preço. É de uma grandeza impressionante." As inscrições para o 13º Congresso estão abertas, clique aqui para mais informações.

Ter um exemplo a seguir nessa jornada, para Camargo, é decisivo: "Sempre copiamos, tentamos ser quem nos inspira". O médico lembra-se do mestre que mais influenciou sua vida. "Ele nem era cirurgião, era radiologista. Ele sabia tanto, que eu o olhava, na minha juventude, e pensava que não me importaria o tamanho da dor de cabeça se eu pudesse ter na minha cabeça tudo o que ele tinha na dele. Eu imaginava uma grande dor de cabeça, como uma supersaturação... Queria muito ser como ele."

Em relação aos seus alunos, ele afirma que encontrou um "caminho de sedução". Segundo Camargo, os estudantes de medicina não são ensinados sobre "a arte de ser médico", mas a fazer diagnóstico e tratamento. Para o cirurgião, essa arte está ligada à relação que o médico estabelece com o paciente, que deve ir além da técnica.

A acolhida de um mestre pode ser feita de várias maneiras, mas Camargo chama a atenção pelo despertar, o encanto e a sedução da leitura. "Porque você dá toda a munição para que o aluno use seu potencial imaginário. Quando você ensina uma criança a ler, está ampliando seu horizonte indefinidamente, ilimitadamente. Ela vai expandir incontrolavelmente, vai ter a percepção e o encantamento pela emoção de descobrir coisas novas. Mas se ela não for provocada, nem terá a chance de descobrir que tem esse potencial. Cabe ao professor gerar condição para que esse aluno se descubra interessado. Isso não ocorre por um estalo, por um lance fortuito. Acho que o professor tem que instrumentalizar isso." O médico conta que seu avô acreditava que era responsabilidade dele e da avó iniciar os netos na leitura e que alguns dos clássicos da sua época, como O Arquipélago, O Continente, Capitão Rodrigo, ele ouviu antes de ler. "A minha avó lia os livros caminhando pela casa e dando interpretação aos textos. Lembro de noites em que nos abraçávamos nos momentos mais emocionantes dos livros, os três netos, de olhos muito arregalados, ouvindo histórias maravilhosas, narradas com o tom melodramático da minha avó. Era uma coisa louca."

Aos educadores, Camargo dá uma dica de inspiração: "A profissão é nobre, e tem em paralelo uma exigência: tem que ser exercida no máximo de paixão. Não há meio professor, assim como não há médico mais ou menos médico, como não é possível estar mais ou menos apaixonado. Essa é uma profissão que podemos ser qualquer coisa, menos mornos. Mornos, não! Não podemos permitir que as mazelas de um país pobre culturalmente interfiram no tamanho dos nossos sonhos. Não podemos nos submeter à pobreza de botar a culpa no sistema, porque isso vai nos privar de exercer algo que vai implicar no nosso crescimento individual. A convicção de que estamos fazendo uma coisa nobre, no limite da nossa competência, é o mínimo que a gente espera de quem faz uma coisa tão digna quanto ensinar".

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