Representantes de mantenedoras de instituições de ensino comunitárias e sem fins lucrativos do Rio Grande do Sul foram convocadas para assembleia na manhã desta terça-feira, 28/07, para criação de um novo sindicato patronal que represente a categoria. Um grupo de 40 mantenedoras foi surpreendido ao ser barrado no credenciamento e impedido de participar da votação. Somente 2 dirigentes do grupo conseguiram entrar. Dentro do auditório, 15 mantenedoras decidiram pela criação do novo Sindicato, com dois votos contra. Quem votou contra relata que em menos de 10 minutos houve a votação, a aprovação do estatuto e eleição da nova diretoria. Um dos diretores impedidos de entrar na votação foi o Pe Marcos Sandrini, diretor da Faculdade Dom Bosco, de Porto Alegre. Ele afirma que ficou perplexo por ser cerceado do direito de participar da assembleia. "Eu estava habilitado a participar, com toda a documentação exigida, seguindo todas as exigências do edital de convocação. Gostaria de ter participado deste espaço, para ouvir as motivações do grupo e colocar meu posicionamento", afirma.

O Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (SINEPE/RS) presenciou a tentativa das mantenedoras de estarem presentes na assembleia e informa que em nome dessas instituições tomará providências administrativas e legais para impugnar a assembleia. "Respeitamos o desejo dessas entidades de terem uma representação própria, mas esse processo tem que ser democrático, com a participação de todos. Não podemos aceitar que se decida criar um sindicato sem a aprovação da maioria do segmento", afirma o presidente do SINEPE/RS, Bruno Eizerik.