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03/09/2020

Gestão criativa e capacidade de reinvenção e adaptação devem guiar o planejamento das instituições de ensino para 2021

Evento realizado pelo SINEPE/RS discutiu aspectos financeiros e administrativos das matrículas no novo ano letivo

por Vivian Gamba
Gestão criativa e capacidade de reinvenção e adaptação devem guiar o planejamento das instituições de ensino para 2021
Foto: Reprodução

Diante de um cenário complexo em 2020, é um desafio para as instituições de ensino planejar o próximo ano letivo. E o maior deles é solidificar as escolas em 2021. Mais do que pensar, trabalhar; fazer as mudanças necessárias e ter foco na construção do futuro. “Temos que nos perguntar qual tipo de gestor somos na pandemia e que tipo de gestão devemos fazer para que a nossa instituição seja cada vez mais sólida”, instigou o vice-presidente do SINEPE/RS Oswaldo Dalpiaz na abertura do Seminário de Matrículas 2021. O evento foi realizado de forma online nesta sexta-feira (28) para diretores e gestores educacionais e financeiros de instituições de ensino de Educação Básica e Superior associadas.

Alguns dos princípios destacados por Dalpiaz foram trabalhar com o cenário real, dos recursos que as instituições têm neste momento; levar em consideração perdas toleráveis, ou seja, investir com prudência e avançar sem comprometimento de risco; compartilhar ideias com parceiros a fim de ampliar recursos e oportunidades; fazer uma “limonada” dos cenários adversos, como nesta pandemia, em que professores se reinventaram nas aulas online; e ter o controle sobre o presente para poder direcionar seus planejamentos futuros.

O diretor do SINEPE/RS Iron Müller, que trouxe o cenário para o planejamento do ano letivo, afirmou que os gestores devem considerar, ao fazer o planejamento das matrículas, a questão da renda das famílias, que está comprometida. E deu destaque a alguns pontos importantes que devem compor a planilha de custos, começando pela nova realidade das escolas. “O momento que a escola esta vivendo se refletirá no próximo ano letivo. Devemos voltar às aulas presenciais, ter uma vacina e retomar efetivamente à vida normal. Mas ela jamais será a mesma, porque já experimentamos o novo. E esta pode ser uma janela para pensarmos um novo modelo a usufruir ao longo do próximo ano letivo.” Neste contexto, estão novos espaços coletivos, novos ambientes escolares, com novas formas de ensino, e novos investimentos tanto em formação de pessoal como em material pedagógico.

Em relação à inflação, embora o esperado seja uma taxa entre 2% e 2,5%, Müller fez um alerta sobre a demanda e os preços reprimidos. “Houve desaceleração da produção e, na retomada, há um risco inflacionário, tendo em vista consumo maior que a oferta.” A estimativa do diretor é que o percentual possa alcançar os 7%. Reforma tributária e juros , da mesma forma, estão elencados nesta equação.

A nova convenção coletiva de 2021, que deverá ter ajustes – como os acordados nesse ano –, também pode significar aumento de custo. E, além disso, ele alertou sobre a possibilidade de novas surpresas e a necessidade de reserva. “Devemos estar preparados. Ninguém garante que esta situação é única e definitiva. A escola tem que se manter viva num momento de dificuldades.” Entre os conselhos do diretor, a preparação das famílias sobre a retirada dos descontos lineares concedidos em 2020, que não devem continuar em 2021 e, para as instituições de Ensino Superior, a busca de novas fontes de financiamento.

O especialista em gestão de pessoas e gestão escolar e vice-diretor do Colégio Santa Inês, Miguel Schmitt, destacou a importância de a instituição trabalhar com dados sem diminuir seu potencial criativo. Que há necessidade, sim, de adaptação a mudanças, mas que a gestão não é um trabalho fácil nem em tempos normais e que ser absolutamente racional não é a solução. “Você se perde em números, se perde na lógica, não permite se distanciar. O ser humano que está preso na lógica está deixando de pensar. A gente gosta de tudo certinho, mas a vida não é assim.”

O convite que ele fez aos participantes do seminário foi de, no lugar de se render ao pessimismo, estarem atentos aos pequenos milagres. “Tecnologia. Certamente! Estratégia, planejamento, execução, com certeza! Mas nada disso cria resultados por si só. Precisamos de gente que tenha a capacidade de exercer o papel que apenas o ser humano pode exercer: criativo, inconformado, sensível, vulnerável e, sobretudo, transformador.”

O diretor da Patrimonial Assessoria Contábil e coordenador do Grupo de estudos do terceiro setor do CRC, Roberto Medeiros, falou das adaptações dos processos administrativos e financeiros ao longo do tempo e da importância da compliance, ou seja, de agir conforme as regras estabelecidas. “Isso abrange dirigentes, relações da instituição com clientes, fornecedores, investidores, autoridades, e com a comunidade. A compliance é muito abrangente. Temos que fazer como deve ser feito e ter o registro de como tem que ser feito.”

A atenção ao equilíbrio das contas começa pelo controle das receitas da instituição, afirmou Dalpiaz, que apresentou um esquema simples para abordar o comprometimento percentual ideal para a saúde da escola. Segundo ele, a folha de pagamento deve comprometer de 50% a 60% das receitas, não mais do que isso, sob pena de afetar a sustentabilidade da instituição. O dia a dia da escola – manutenção, despesas operacionais, pagamentos de terceiros – deve abranger de 30 a 35% das receitas e 10% (até 15%) deve ser destinado à reserva ou poupança. “Ouço com frequência que há escolas que não conseguem fazer poupança. Poupança não serve para ter dinheiro, é para ter segurança”, alegou o diretor. “Isso significa confiança, confiabilidade.”

O seminário foi encerrado com a explanação do gerente administrativo e financeiro da rede São Francisco, Ademar Joenck, que falou da necessidade da escola ser saudável e fazer os investimentos necessários “para formar seres humanos felizes, sadios e prósperos”. Ele trouxe uma planilha elaborada e mostrou aos participantes de forma detalhada alguns exemplos de movimentação financeira nas instituições. Destacou a importância de comparar o orçamento previsto e o realizável e, ratificando as palavras de Dalpiaz, a atenção ao comprometimento da receita segundo percentuais de despesa pré-estabelecidos.

 

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