O SINEPE/RS, a Secretaria de Educação do Estado (Seduc), a Secretaria de Saúde do RS, a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) promovem uma ação para colaborar no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. As entidades sugerem que, no dia 22 de março, as instituições orientem seus alunos a realizarem um Tema de Casa Solidário. A proposta é que os estudantes reservem um tempo para buscarem eventuais focos de proliferação do mosquito Aedes aegypti em suas casas.

A ideia é que essa busca seja registrada de diferentes formas, como desenhos, relatórios, vídeos e fotos. A proposta inicial surgiu a partir de discussões dentro do Sindicato. “Preocupado com a crescente multiplicação dos casos de dengue no Rio Grande do Sul, sugeri que poderíamos fazer uma ação junto às escolas filiadas para nos aliar às instituições municipais e estaduais. Assim, iríamos mobilizar cerca de 1,8 milhão de alunos. Se um terço desses alunos realizasse esse tema de casa, atingiríamos lugares de difícil acesso do nosso Estado”, lembra o diretor do SINEPE/RS, Hilário Bassotto.

A ideia foi apresentada no Comitê de Operações Estratégicas (COE) voltado para a dengue e foi acolhida por outras entidades integrantes. Além da realização do Tema de Casa Solidário, as escolas são convidadas a socializarem os materiais produzidos pelos alunos no dia 25 de março, por meio de suas redes sociais e outros canais de comunicação. Mais do que reservar um dia para combater o mosquito da Dengue, doença que já vitimou mais de 20 pessoas no Estado só neste ano e que vem crescendo no número de casos, a iniciativa quer ser um ponto de partida para que os cuidados sejam recorrentes, e não apenas pontuais.

“Propomos essa ação para uma sexta-feira pensando que as famílias também teriam o final de semana para fiscalizar não apenas a sua residência, mas a situação da vizinhança. A sugestão é que isso se repita em outros momentos, pois o mosquito tem um ciclo que vai se revezando”, informa o diretor do SINEPE/RS.

O sindicato propõe atividades para serem desenvolvidas com alunos de diferentes níveis, sempre prezando a criatividade de cada escola para o desenvolvimento destes trabalhos. Entre as sugestões para o Ensino Médio, por exemplo, está a realização de uma caminhada no entorno da escola, com o objetivo de observar o meio ambiente, a produção de lixo e os seus efeitos para a proliferação dos mosquitos. Já para os estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental, a ideia é propor uma conversa com os vizinhos e, a partir disso, criar um texto coletivo sobre a conclusão que chegaram sobre o trabalho realizado. Para alunos menores, a proposta pode envolver a análise de reportagens e produção de uma maquete que retrate o contexto em que os mosquitos se desenvolvem e circulam.

“Esperamos que os gestores levem a sério este convite de se integrarem a essa ação para que as escolas privadas façam a sua parte na educação voltada, sobretudo, para a cidadania e visando a saúde no Estado. É preciso mobilizar sua equipe pedagógica, ver quais os canais para comunicar os pais e desenvolver essa ação. Podem desenvolver atividades com professores da área de biologia, da ciência e conversar com os alunos para conscientizar sobre as estatísticas que temos no nosso estado sobre a doença”, finaliza Bassotto.

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