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24/07/2025

Em palco exclusivo, diretores acompanham palestras sobre liderança, neurociência e comunicação não violenta

Segundo dia do 18º Congresso do Ensino Privado reuniu gestores no Teatro do Prédio 40 da PUCRS

por Vitória Leitzke – Padrinho Conteúdo
Em palco exclusivo, diretores acompanham palestras sobre liderança, neurociência e comunicação não violenta
Pesquisador de comunicação não violenta e professor Ivan Petry - Foto: Fabio Leiria / Applause

Com o Teatro do Prédio 40 da PUCRS lotado, diretores saíram do segundo dia do 18º Congresso do Ensino Privado com muito conhecimento e ideias a serem colocadas em prática nas escolas. Depois de uma manhã focada na aprendizagem, a tarde desta quinta-feira (24) focou em temas como comunicação não violenta, neurociência aplicada como diferencial e liderança transformadora.

A primeira palestra da tarde foi com o pesquisador de comunicação não violenta (CNV) e professor da disciplina Projeto de Vida Ivan Petry, que trouxe exemplos com base na vida pessoal, dicas práticas e exercícios reflexivos para provocar a reflexão sobre o uso da empatia e da assertividade.

Por meio de um teatro de improviso, Petry, que há 10 anos pesquisa o tema, trouxe situações em que um gestor escolar usa excesso de assertividade e de empatia e também quando usa os dois de forma dosada.

Os exemplos, como o do aluno que se acha sempre certo e do pai que reclama de falta de correções de exercícios, arrancaram risadas da plateia, que se reconheceu nas situações. Para a atuação improvisada, duas participantes contracenaram com o palestrante. “Para que a gente consiga ter uma comunicação que conecte com as outras pessoas, a gente precisa aprender a conversar”, afirmou Petry.

Confira as dicas práticas dadas por Petry:

  • Diferenciar fato de interpretação
  • Escutar sem interromper
  • Compreender que tudo o que nós e os outros fazemos é para atender a necessidades
  • Autorregular as emoções (por meio da respiração consciente)
  • Trocar “quem está certo” e “quem é culpado” por aprendizado e compreensão
  • Validar o que você compreendeu
  • Fazer pedidos nítidos e específicos
  • Nutrir a curiosidade em si e no outro

“Toda vez que uma pessoa vier com uma alta intensidade emocional, a pior coisa é você ir com a mesma intensidade ou maior”, complementou o professor.

Instituições perenes, neurociência e eficácia x eficiência

Depois de uma aula sobre comunicação, foi a vez de provocar a reflexão dos diretores sobre o que não pode faltar em uma escola para que ela se torne uma instituição de ensino perene. Para isso, foi a vez do presidente do Instituto Alfa e Beto, Mário Ghio, falar com a plateia.

Com informações sobre a Educação na América Latina, Ghio destacou, por diversas vezes, que o uso de dados no setor – a chamada educação de precisão – é a fórmula de sucesso para um bom resultado. E também para o entendimento de cenários, como os motivos que levaram à diminuição do número de alunos na rede privada de ensino: a queda da natalidade no Brasil e também a perda de renda das classes média e média-alta.

Entretanto, para aqueles que não querem ser tão impactados por isso, devem ficar atentos a dois elementos, segundo Ghio: eficácia (fazer o certo) e eficiência (fazer direito).

“A primeira prioridade de uma família em uma escola é a aprendizagem, depois vem os valores éticos e morais, o projeto pedagógico, o relacionamento interno e o atendimento aos pais. Isso não sou eu dizendo, são as pesquisas de décadas”, destacou o pesquisador.

Outro foco de Ghio foi em relação ao conhecimento da realidade de cada aluno. Por exemplo, a escolaridade da mãe de um aluno da Educação Básica, assim como se o adolescente do Ensino Médio passou por uma separação dos pais. “Isso tudo influencia na aprendizagem”, afirmou.

A neurociência aplicada, para o palestrante, será o diferencial para o século 21 na Educação. Para a implementação na comunidade escolar, ele sugeriu que ao menos um professor da escola seja escolhido para aprofundar a temática, caso não seja algo do conhecimento dos educadores, e que este fique responsável para passar aos demais professores.

O exemplo prático na alfabetização dado por Ghio para corrigir o espelhamento de letras utilizando a neurociência é por meio do tato com o aluno vendado. Na situação, um aluno do oitavo ano do Ensino Fundamental ainda espelhava as letras e, em três sessões, ele conseguiu a correção.

Outras dicas de eficácia pedagógica x eficiência de custo, de acordo com Ghio:

  • Dar feedback aos alunos
  • Uso de dados para guiar instrução dos alunos
  • Colocar um aluno para ensinar o outro (o de melhor rendimento com o de pior, por exemplo)
  • Escola de tempo integral
  • Altas expectativas no trabalho realizado.

Foco na liderança

A última palestra do segundo dia de Congresso foi com a CEO na HUMUS Educação, Sônia Simões Colombo. Ela falou sobre liderança transformadora no ambiente escolar. Sônia iniciou abordando sobre itens que são necessidades, atualmente, dos colaboradores para estarem satisfeitos no trabalho. Entre eles, estão: propósito e ressignificados; flexibilidade e liberdade para autogerenciar suas entregas; feedbacks constantes, claros e construtivos e acolhimento e suporte em casos de adoecimentos emocionais.

“Algo que eles também não aceitam mais é uma liderança baseada no medo e na microgestão. O que é a microgestão? É aquele acompanhamento tarefa por tarefa”, exemplificou Sônia.

Ela trouxe uma prática para que todos desenhassem as linhas de uma das mãos sem vê-la. Após perguntar à plateia se estava igual e a maioria responder em negativa, ela questionou: “Então por que você acha que conhece seu funcionário com a palma da mão?”, gerando risada do público.

“Na hora de atrair os talentos para as nossas escolas, a gente se baseia no conhecimento do professor, a gente não leva em consideração as competências e muitas vezes ele é demitido por uma competência que a gente não analisou na hora da contratação”, comentou Sônia.

Em relação às competências da liderança transformadora, a palestrante destacou:

  • Visão estratégica com propósito
  • Capacidade de mobilizar os profissionais para atuarem em sintonia com a missão, os valores, a visão e as metas da instituição de ensino
  • Gestão emocional
  • Coragem ética
  • Cultura da inovação e melhoria contínua
  • Foco na alta performance e no envolvimento humano.

“Não reclame da sua equipe, fale que ela é excelente. Quanto mais a gente valoriza e reconhece, o sentimento de orgulho da equipe passa a ser muito grande. Os colaboradores mudaram nos últimos tempos e a nossa forma de gerir também precisa estar sintonizada com essa mudança”, aconselhou.

Sobre o Congresso

O 18ª Congresso do Ensino Privado é uma realização do SINEPE/RS e tem como patrocinadores: FTD Educação, PUCRS, SAS Educação, Pearson Thomas Bilíngue for Schools, Editora do Brasil, International School, Bernoulli Sistema de Ensino; Santillana Educação; Poliedro Sistema de Ensino; COC; ZOOM EDUCATION FOR LIFE; HUMUS Educação; Somos Educação e Macmillan Education. Apoiadores: Applause Formaturas e Bike Village.

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